Você acredita em você?

Se você não fizer isso, ninguém vai fazer por você. Porque se alguém fizer, a possibilidade dessa pessoa não conseguir te convencer é grande. 

Acreditar em si mesmo não é uma questão de orgulho, mas sim de dignidade pessoal. É essa a ideologia comportamental que devemos agarrar diariamente para podermos confiar nas nossas decisões, deixar de ter medo de cometer erros e conseguir nos levantar quantas vezes forem necessárias. Acreditar em nós é amar a nós mesmos com valentia, sabendo que merecemos algo melhor.

O ser humano tem muita dificuldade em confiar nas suas próprias capacidades, em potencializar as suas virtudes e acreditar nas suas possibilidades.

Isso se deve ao modo como nós construímos a nossa realidade interna. Desde pequenos damos forma à nossa auto imagem com base nos estímulos que recebemos e nas interpretações que fazemos sobre os mesmos, e com base no que os outros nos dizem ou nos projetam, construiremos um senso de identidade mais forte e mais resistente ou, caso contrário, desenvolvemos um eu mais vulnerável.

Acreditar em si mesmo não é fácil quando vivemos no ambiente errado. É complicado confiar nas próprias capacidades quando nos concentramos mais nas nossas falhas do que no sentido de superação. Projetar um senso de identidade forte e corajosa também não tem nada de simples se tivermos sido ensinados a nos fixarmos no que os outros fazem, dizem ou pensam em vez de nos dedicarmos a nós mesmo. 

Acreditar em si mesmo é aceitar que somos únicos e diferentes dos demais. 

Muitas vezes não nos damos conta do “burburinho” dos nossos pensamentos, das nossas atitudes, decisões e reflexões. São eles que delineiam quem nós somos, que nos limitam ou nos potencializam e que, no fim das contas, influenciam a forma como nos sentimos ou nos comportamos.

A arte de acreditar em si mesmo é, acima de tudo, um exercício de vontade. E a vontade é um músculo poderoso que se exercita com os pensamentos certos, centrados e orientados para um fim bem definido: promover o nosso bem-estar e o nosso crescimento pessoal.

No entanto, e todos nós sabemos bem disso, não é fácil direcionar a bússola dos nossos pensamentos para o positivismo e a autoconfiança quando temos uma baixa autoestima. Quando o que sentimos é apatia, frustração e falta de motivação.

Por mais curioso que pareça, algo que os nossos pais e sistemas educativos frequentemente se esquecem é de nos ensinar a acreditar em nós mesmos. Em vez disso, orientam-nos a ser como a maioria das pessoas. Porque “ser normal” é fazer, pensar e se comportar como aqueles que nos rodeiam, é diluir as nossas particularidades no ordinário, no cotidiano. Porque às vezes ser único é ser diferente, e ser diferente não se encaixa, não rima. É desarmonia em um mundo que adora o previsível.

No entanto, vale a pena recordar algo muito simples: não somos seres produzidos em série, somos todos diferentes. Somos excepcionais e irrepetíveis. Temos impressões digitais únicas, uma personalidade própria, características distintas das dos outros. Nascemos para deixar a nossa marca no mundo, e para isso devemos encontrar o nosso propósito, acreditando em nós próprios e nas nossas capacidades.

Acreditar em si mesmo é um exercício constante que nunca devemos deixar de lado. Ninguém deveria sair de casa sem uma boa dose de autoconfiança e sem a crença firme de que merece tudo aquilo que se propõe ou deseja. Por isso, partindo do conceito da psicologia da vontade, é importante ter em conta estes conselhos que, sem dúvida alguma, podem nos servir de ajuda ou de inspiração.

Fazemos isto frequentemente com os nossos dispositivos. Não há nada melhor do que formatar um celular ou computador para que ele funcione de forma mais rápida e leve. No entanto, primeiramente precisamos escolher quais os arquivos queremos guardar e quais escolhemos apagar.

Para acreditarmos em nós mesmos devemos deixar de lado muitos comportamentos que fomos adquirindo ao longo do tempo, ideias que nos transmitiram e atribuições que alguém possa ter construído. As pessoas têm o hábito de se boicotarem com muita frequência, e nós fazemos isso quando nos subestimamos ou nos comparamos com os outros. É preciso deixar de focar em coisas que não têm qualquer utilidade: temos que passar a borracha e virar a página.

É possível mover montanhas se carregarmos pedras pequenas primeiro.

Para alcançar um objetivo, devemos acreditarmos em nós próprios. No entanto, a psicologia da vontade recorda que tal como Confúcio disse, os grandes feitos são conquistados depois de alcançar pequenas vitórias.

Desse modo, e antes de nos comprometermos com metas desmesuradas ou altas demais, não há nada melhor do que nos propormos a realizar pequenos desafios diários. São eles que nos vão dar o sentimento de segurança pessoal, confiança e uma autoimagem muito mais positiva.

Assim como dissemos no início, a arte de acreditar em si próprio é como um músculo que devemos exercitar diariamente. Portanto, não hesite em dar-lhe uso ao deixar a opinião dos outros de lado. Vamos nos atrever a tomar decisões e a sair diariamente da nossa zona de conforto. Vamos enfrentar as nossas inseguranças aos poucos e sem pressa…

Onde quer que você for, seja sempre você mesmo

Para acreditar em si, nunca se distancie de si mesmo. Onde quer que você for, não perca a sua essência, não deixe para trás os seus valores, as suas paixões ou a sua identidade. Que a sua essência marque cada um dos seus passos e decisões, sem medo do que os outros possam pensar. Ser você mesmo em todos os momentos e em todas as situações nem sempre é fácil, por isso, esse esforço diário também é um exercício de vontade, é assim que você adquire confiança e segurança pessoal.

Para concluir, embora seja impossível controlar o que a vida nos traz, é possível controlar o nosso modo de reagir a todas as adversidades que ela coloca à nossa frente. Se acreditarmos em nós mesmos, as dificuldades serão mais simples de superar, e as montanhas muito mais fáceis de escalar. Vamos refletir sobre isso.