Dependência digital e a influência da tecnologia em nossas formas de relacionamento
Os mesmos avanços tecnológicos que nos permitem um acesso tão extraordinário aos outros fizeram com que as conversas cara a cara passassem a ser relativamente raras. Por que se reunir pessoalmente com um cliente se você pode ligar para ele ou enviar um e-mail? Qual é a diferença desde que a mensagem seja transmitida?
Cada vez mais percebemos que a tecnologia vem alterando nossas formas de relacionamento uns com os outros, e não apenas isso, também vem criando novos problemas e consequências devido ao consumo exagerado.
Em 18 de junho de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o distúrbio de jogo no Código Internacional de Doenças (CID). Com isso, a OMS passou a considerar como doença a dependência digital e a nomofobia, que é o medo irracional de estar sem celular ou aparelho eletrônico no geral.
São doenças relativamente recentes, que surgiram em função das mudanças e dos avanços tecnológicos da sociedade. Em casos extremos, a dependência digital pode ser comparada ao uso de uma droga que, quando o usuário se vê sem ela, pode apresentar sintomas como taquicardia, sudorese, irritabilidade, impaciência, pânico.
Não é fácil reconhecer os sintomas da dependência digital de imediato, pois eles vão se instalando aos poucos até que comecem a causar prejuízos emocionais, profissionais e sociais à pessoa e seu círculo de convivência.
A dependência digital pode causar prejuízos nas relações sociais e familiares, queda de rendimento profissional, redução das habilidades sociais, além de problemas físicos como dores relacionadas aos longos períodos sentados em frente ao meio digital, obesidade, má-alimentação, problemas posturais, tendinites, etc.
Entretanto, assim como qualquer doença ou vício, a dependência digital tem tratamento. Se você percebeu que alguns desses sintomas estão afetando sua vida, procure um psicólogo.